M V Izquierdo

O Lado Esquerdo dos Blogs ou Aquele Blog Que Tem a Tal da Sacadinha...

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Tem uma coisinha no seu dente

O grande problema de ser devorado por um fera, seria ter de virar aquelas sujeiras entre os dentes.

Aquela que incomoda quem observa, e é retira sem piedade com um palito de madeira, sob uma tenda feita com a mão desocupada.

Vexaminoso e cruel.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

E se...

Outro dia fui entrevistado por um repórter de TV, lá pela Paulista, pra falar sobre inveja. Respondi algumas perguntas timidamente - com desenvoltura habitual, digamos; e fui embora.

Minutos depois eu pensei bem nas minhas respostas e me dei conta "eu podia ter dito tanta coisa...". E podia mesmo. Ter feito alguma piada - infame, mas ainda sim uma piada; podia ter andado pela Paulista com o câmera, narrando acontecimentos; podia ter feito associações com fatos corriqueiros do dia a dia ou até mesmo com um fato histórico importante. Mas não. Respondi com a minha desenvoltura habitual.

Mas me alegro por saber que isso faz parte do trabalho daqueles que criam histórias: poder sempre reelaborar os diálogos, intensificar as narrativas, ramificar os núcleos dramáticos, e recontar infinitamente.

Um professor de direção de TV bem que disse que o trabalho do roteirista é se perguntar "e se...".

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pesadelo

Outro dia, numa festa, eu vi três mulheres com o mesmo modelo de vestido, na mesma cor: azul-calcinha cintilante.

Eu me senti dentro de um tipo de pesadelo feminino; daqueles bem assustadores, que elas preferem nem imaginar.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

"Cultive o amor ao saber"

Uma vez, um professor da Faculdade disse, em uma das aulas: "Cultive o amor ao saber"

Essa talvez seja uma das frases mais intensas de que eu me lembro, dos últimos quatro anos.

Ela veio de um professor que nunca escondeu seu amor pelos livros, pelas teorias, pelas filosofias e pelo ato de professorar.

Esse talvez seja o amor mais sincero que alguém pode ser capáz de sentir. Um amor livre de egoísmos; porque é o ato de nutrir o que se faz questão de doar, dividir.

Um amor puro, singular.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Se comportar:

Não deixar que o temperamento ou os âninos sejam extravagantes ou excedentes, de acordo com o os levianos estados de espírito.

Não se exceder ou se transparecer além do permitido socialmente para aquela ocasião ou ambiante.

Comportar-se dentro de si.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Vida dupla


Numa noite de calor, dessas que fez há uns dias, eu estava no metrô, e vi um homem sentado no banco do vagão, esperando sua estação chegar. Um cara normal, que parecia pensar vida, parecia distante.


“Estação Ana Rosa”

Ao ouvir em que estação estava, ele deu um sobressalto e ficou nervoso. Se preparou pra sair do vagão mas, ao se levantar, percebeu que estava esquecendo algo.

Ele tirou de um dos bolsos da mochila uma aliança de ouro e a pôs no dedo anular da mão esquerda. E, mais tranquilo, pulou do vagão.

É preciso ser muito corajoso pra viver assim – ou idiota.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Minha primeira vez...

A minha primeira vez aconteceu nessas férias.

Eu estava ansioso; nunca tinha experimentado.

Eu tremia e não conseguia me manter em movimento. Talvez tenha sido uma das experiências mais estranhas dos últimos tempos. Mas meu maior medo era de morrer durante o processo.

Dirigir um carro pela primeira vez é algo delicado: é necessário cuidado. O que mais difere um carro do outro, talvez, seja a embreagem. Aquele ponto em que o carro anda, em vez de morrer, sabe? Soltar a embreagem demais é um perigo... trancos acontecem, é normal.

Mas depois acaba se acostumando. E mais para a frente, o grande problema se torna a ré, acredite. Cada marca de carro tem seu jeito de engatar a ré...

Uma vivência para a vida.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Fim de expediente



Até mesmo na praia, nas férias, o brasileiro, ou quem sabe o paulistano, melhor dizendo, leva cravado na sua alma, a mecanização e a rotina do trabalho.

Não importa onde esteja, ou em que situação esteja, o paulistano precisa almoçar ao meio dia – quando, mesmo nas férias, congestionam-se os restaurantes e lanchonetes - e retornar à casa às 18 horas – quando, mesmo nas férias, congestionam-se as vias.

Está em nós esse hábito. Chega até a ser engraçado de ver.

São 18 horas, fim de expediente. Melhor ir para a casa, ou irei contrariar minha rotina de trabalho.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Esse lugar é meu! 2


Além de tratarmos nosso lugar, na sala de aula, como a um camarote, no show do Paul McCatney, existe também uma questão de percepção, ou ângulo, que se refere ao lugar de costume. É sério.

Quando se está acostumado a determinado lugar ou carteira, na hora de trocar, é como se tivesse mudado o ângulo do mundo.

O professor ficava mais à esquerda que o de costume; aquele seu colega que te ameaçava de morte mais à direita, assim como as bolinhas de papel que ele jogava em você.

É como se as coisas tivessem mudado de lugar, sem sequer terem se movido.

É estranho.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Esse lugar é meu!



Quando eu estava na escola, mudar de lugar talvez fosse a atitude mais anarquista possível. Era como inverter o movimento da Terra.

Apesar de às vezes não haver um lugar determinado para cada aluno, cada um tratava seu lugar como seu pedaço de terra. Parecíamos integrantes do MST: se ninguém estava cultivando, pegávamos para a gente! Mas isso sempre dava problema.

Uma vez, decidi que queria mudar de lugar (na verdade, o garoto que sentava na minha frente andava me ameaçando de morte), por isso, saí da fileira da frente, para uma das fileiras do fundo, ou como se dizia, Azkaban... ou Mordor, dependendo do gosto.

Acabei arranjando confusão. Não troquei de lugar e, por acaso, não morri.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Vende-se

Vende-se ano de 2012, usado, 365 dias rodados.

Básico, com ponto morto em perfeito estado.

Lataria riscada, sem step, sem travas. Em péssimo estado de conservação. Não anda mais.

Na verdade, dá-se, gratuitamente, ano de 2012.

Não aceitamos devolução.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

2012 foi 13

Muitas coisas aconteceram.

2012 foi um ano muito estressante. Começar um emprego e começar e finalizar um TCC provavelmente foram os mais difíceis. O blog acabou sendo afetado: ficou praticamente 3 meses parado, num tipo de férias forçadas; e agora volta aos poucos.

Agora, bacharelado e empregado, as coisas tendem a ficar mais fáceis.

O blog só tem a ganhar. Virão novos posts por aí, num ano renovado.

2012 foi 13; mas espero que 2013 seja 10. Apesar do trocadilho infame, que não representa em nada o alto nível dos posts - ou sim.