Outro dia, eu estava no metrô, lendo o livro Na Lei Ou Na Marra, do Paulo Markun, e um garoto, de uns 16 anos se sentou do meu lado.
O livro é sobre a ditadura militar e eu estava lendo o capítulo 'Um golpe, muitas explicações'.
O garoto deu aquela olhada na página que eu estava lendo e percebi o interesse dele. Ele ficou sentado por algumas estações e do nada falou comigo.
"Que livro é esse?"
Eu mostrei.
"É um livro de história, sobre o golpe de 64"
"Posso tirar uma foto da capa?"
Ele tirou a foto e se foi. E deu uma sensação de alegria.
De esperança, talvez!
M V Izquierdo
O Lado Esquerdo dos Blogs ou Aquele Blog Que Tem a Tal da Sacadinha...
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quarta-feira, 27 de julho de 2016
terça-feira, 26 de julho de 2016
Cantoria
Eu cantei no chuveiro outro dia.
Achei que alguém me ouviu e logo me calei, por pena da pessoa e entrei numa enorme depressão enquanto me ensaboava.
Me perguntei por que eu cantava no chuveiro. Respondi "porque todo mundo canta; óbvio".
Mas por que é tão comum esse negócio de cantar no chuveiro?
Eu pensei em alguns motivos:
1- O chuveiro ligado faz um barulho que ajuda que seu canto não seja ouvido por quem está perto. Isso tira um pouco da timidez de pôr a voz pra fora.
2- O chuveiro tem um som que parece o de ovações de um público, como se você estivesse cantando para uma gigantesca plateia ensandecida.
3 - O chuveiro lembra o nosso ser ancestral das cachoeiras ancestrais, e isso ativa em nós a cantoria tribal que os seres faziam em torno das cachoeiras sagradas.
4 - Estar nu e desprotegido, presa fácil para o predador, ativa o medo ancestral do nosso ser ancestral pelo javali ancestral, que nessa condição emitia sons e cantos que faziam com que os companheiros de tribo soubessem que ela estava por lá e vivo.
Cantar no chuveiro...
Achei que alguém me ouviu e logo me calei, por pena da pessoa e entrei numa enorme depressão enquanto me ensaboava.
Me perguntei por que eu cantava no chuveiro. Respondi "porque todo mundo canta; óbvio".
Mas por que é tão comum esse negócio de cantar no chuveiro?
Eu pensei em alguns motivos:
1- O chuveiro ligado faz um barulho que ajuda que seu canto não seja ouvido por quem está perto. Isso tira um pouco da timidez de pôr a voz pra fora.
2- O chuveiro tem um som que parece o de ovações de um público, como se você estivesse cantando para uma gigantesca plateia ensandecida.
3 - O chuveiro lembra o nosso ser ancestral das cachoeiras ancestrais, e isso ativa em nós a cantoria tribal que os seres faziam em torno das cachoeiras sagradas.
4 - Estar nu e desprotegido, presa fácil para o predador, ativa o medo ancestral do nosso ser ancestral pelo javali ancestral, que nessa condição emitia sons e cantos que faziam com que os companheiros de tribo soubessem que ela estava por lá e vivo.
Cantar no chuveiro...
quinta-feira, 21 de julho de 2016
quarta-feira, 20 de julho de 2016
terça-feira, 19 de julho de 2016
segunda-feira, 18 de julho de 2016
sexta-feira, 15 de julho de 2016
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Memória
Os especialistas dizem que a memória é evocada a partir de 'gatilhos de memória'.
Eu lembro de devolver o livro quando vejo a pessoa que me emprestou.
Lembro de pôr o lixo pra fora quando vejo o lembrete na geladeira.
Lembro de comer quando... bem, a todo o momento.
Há uns anos eu fiz um X na mão, que era pra eu lembrar de algo muito importante que eu tinha que fazer quando chegasse em casa.
À noite, olhei para o X na minha mão e esqueci porque eu marquei o X.
Memórias...
Eu lembro de devolver o livro quando vejo a pessoa que me emprestou.
Lembro de pôr o lixo pra fora quando vejo o lembrete na geladeira.
Lembro de comer quando... bem, a todo o momento.
Há uns anos eu fiz um X na mão, que era pra eu lembrar de algo muito importante que eu tinha que fazer quando chegasse em casa.
À noite, olhei para o X na minha mão e esqueci porque eu marquei o X.
Memórias...
terça-feira, 12 de julho de 2016
não
Existem dias em que não existe vontade nenhuma de escrever.
Falta de assunto.
Falta de entusiasmo e disposição.
E, nesses dias, dá pra escrever sobre a desejo de não escrever.
sexta-feira, 8 de julho de 2016
identidade - diversidade
A gente fala muito que o Brasil precisa ter identidade. Que a nossa identidade isso ou aquilo.
Talvez fosse bom lembrar que toda identidade presumida, exclui as identidades que dela não fazem parte. A alteridade não é bem-quista.
E que talvez, e só talvez, a gente pudesse pensar no Brasil não como um país com identidade - mas um país de diversidade.
Porque na diversidade estou eu, você e todos.
Talvez fosse bom lembrar que toda identidade presumida, exclui as identidades que dela não fazem parte. A alteridade não é bem-quista.
E que talvez, e só talvez, a gente pudesse pensar no Brasil não como um país com identidade - mas um país de diversidade.
Porque na diversidade estou eu, você e todos.
quinta-feira, 7 de julho de 2016
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Pedreira
"Estamos vivendo a idade da pedra da era moderna"
Um senhor no metrô me falou isso, logo depois de me perguntar se os mitos gregos eram realmente mitos.
"Será mesmo?"
Se as amazonas realmente não existiram.
"Será mesmo?"
Que o Brasil é a terceira maior nação bélica do mundo.
"O vale do silício está aqui!"
"O vale do silício está aqui!"
Que se um persa viesse ao nosso tempo, olharia nossos advices e logo depois nossos olhos e diria "nós nos comunicávamos com a mente, por telepatia, seus imbecis!"
E voltou com a frase "Estamos vivendo a idade da pedra da era moderna".
O metrô é muito doido.
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Petrol Blues
Blues é tristeza, melancolia - fundo do poço.
Blue é azul.
E talvez o fundo do poço seja da cor azul; azul petróleo?
Blue é azul.
E talvez o fundo do poço seja da cor azul; azul petróleo?
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