Sonhei que estava hospedado num hotel, perdido em território longínquo e estável.
No quarto de hotel, - sem número, sem igual, - eu me cobria de frio e tremia de medo. Que sensação agradável! Quase como esperar sentado pela fome; sentado em frente a farto banquete.
Esse frio lentamente me acariciava, friamente me seduzia e calorosamente me entontecia. Eu, brincando, bancava o tolo. Fazia de conta que nada sabia de seu plano. Que era de me deixar perdido em infinito edredom, confuso e esquecido, para, logo depois se mostrar calor e fogo e paz e dia.
Mas acordei num susto. Percebi que, durante a madrugada, empurrei meu querido e branco edredom para fora da cama, para longe de mim.
Mas me pergunto: “O que me fez revirar tanto?!”
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