Quando pararam a mim e à Elaine na porta do CCBB para “ouvir” uma história por meio de libras, o impulso foi meio “Heim?!”
A moça que estava na porta explicou melhor e fomos ver a apresentação. A ideia era de uma história sendo contada por uma contadora que não podia falar.
Era engraçado perceber a reação das pessoas em volta. Todo mundo acabou parando só para “dar uma olhada”, já que ficar ali para ver uma surda-muda contar uma história era uma atitude no mínimo contraditória.
Mas quando a mulher começou a contar a história, todo mundo acabou prestando mais atenção. Ela tinha uma expressividade no rosto que deixaria o cara do “para a nossa alegria” absolutamente enciumado. Era uma ótima a atriz e, por mais incrível que pareça, falava pelos cotovelos.
Nessa rápida apresentação ela representou...
... A indiazinha indefesa:
A cobra malvada:
O cacique ancião:
E o solilóquio de Hamlet:
A experiência foi incrível.
2 comentários:
Em Yafo, uma cidadezinha perto de Tel Aviv, há um teatro cujo elenco é todo de cegos-surdos. Eu escrevi um texto sobre ele, tá no site de Cultura Geral, eu acho.
É nessas horas que a gente percebe como é bonita a comunicação entre as pessoas e as diversas formas de linguagem.
Olá Marcelo, muito show tua postagem!
Tenho uma amiga que é contadora
de histórias, professora de alunos
especiais e ela fala com eles através
de libras e eu acho todo esse universo,
tanto de quem ensina, aprende e também
utiliza a arte pra se comunicar dessa forma,
acho muito interessante e bonito.
Bonito porque nos sensibiliza e interessante
por expor esse outro lado ao público que ainda
não tem noção do quanto a arte se expressa
de diversas formas. Parabéns!
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