O Natal deixa qualquer vendedor altamente excitado.
Numa loja de perfumes, horas atrás, as vendedoras, fechadas num grupo, examinam lascivamente os compradores.
Uma delas, a mais instintiva, se joga num alvo, um rapaz de camisa listrada.
- Oi, tudo bem? Você vem sempre aqui? Posso te ajudar?
- Vim ver um perfume, só.
- Sim, claro. Deixa eu ver aqui - ela passa a mão no colarinho do rapaz, como forma de seduzi-lo - Hmmmm, talvez algo amadeirado, que combina com você.
- Não, obrigado. Estou só olhando, mesmo.
Talvez não tenha sido exatamente assim, mas, convenhamos: vendedores, em tempos de natal, parecem homens em balada, tentando a sorte.
Te cercam, querem saber seu nome, se é solteiro, casado, do que gosta; ficam atrás de você e quando você diz "não", simplesmente te ignoram e vão atrás de outro.
Tenso.
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