~uma pausa para reflexões político-existenciais~
Há umas semanas, Marina Silva lamentou a morte de Jarbas Passarinho - ex-ministro que, dentre tantas, foi o 'papis' do AI5 - pelos benefícios que trouxe ele para o país (ela elencou alguns que nada tinham a ver com a sua posição terrível na ditadura militar).
Em meio a tanta confusão e assombro, neste momento no Brasil, fico ainda pensando sobre isso. Até agora não tive um veredito categórico. O que isso significou, para a saúde da nossa democracia e da nossa consciência coletiva?
Até que ponto exaltar os benefícios do assassino na vida da vítima? - nenhum, tudo indica.
Mas ele era humano, e por isso, absolutamente paradoxal - provavelmente seus netos o amaram.
Mas, como por exemplo Walter White, um dos grandes anti-heróis da TV, em meio aos seus assombrosos atos, faz com que olhemos para o seu coração, que esconde uma beleza - mas aí é só uma história de ficção. Mas até que ponto é real?
Por fim, talvez exaltar Jarbas seja como alguém que, depois de alguns dias com uma virose quase mortal, vomitando e com uma brutal diarreia, passado o desastre, olha pra si, já bem e recuperado e diz "Olha aí, que bom, eu emagreci!"
Conflitos internos e absolutamente desconexos.
~ voltaremos amanhã com a programação banal ~
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