Era meia-noite. Eu estava voltando para casa, depois de um dia de trabalho e faculdade.
Enquanto abria o portão, um carrão-caro (tipo muito caro mesmo) estacionou na rua. Quando reparei, o cara que saia dele, um homem de uns 35 anos, com roupa social impecável, gel no cabelo e um perfume-caro (tipo muito caro mesmo) veio, com um sorriso no rosto, falar comigo.
- Moleque, como você cresceu! Tudo bem?
Quando me dei conta, percebi que o cara era um vizinho das antiga.
Agora, veja bem: eu, fedend... digo, com cheiro não-convencional, barbado, com uma camisa desbotada, com olheiras e uma fome danada, estava em frente a um cara que, à meia-noite, estava impecavelmente limpo, bem-humorado e de barba feita. Suportei meu ódio, e respondi:
- Tudo bem, velho. E você?
- Tranquilo. Vindo do trabalho?
- Da faculdade.
- Você estuda o quê?
- Rádio e TV.
- Ah. Pô, jeitão perfeito de quem faz RTV, você.
O cara é médico. E, a partir de hoje, meu arqui-inimigo.
2 comentários:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Calma,você tbm vai ser rico.
Todos nós!
(Né?)
Você precisava ouvir o que me falavam quando eu fazia pedagogia...
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