Quando
eu estava na escola, mudar de lugar talvez fosse a atitude mais anarquista
possível. Era como inverter o movimento da Terra.
Apesar
de às vezes não haver um lugar determinado para cada aluno, cada um tratava seu
lugar como seu pedaço de terra. Parecíamos integrantes do MST: se ninguém
estava cultivando, pegávamos para a gente! Mas isso sempre dava problema.
Uma
vez, decidi que queria mudar de lugar (na verdade, o garoto que sentava na
minha frente andava me ameaçando de morte), por isso, saí da fileira da frente,
para uma das fileiras do fundo, ou como se dizia, Azkaban... ou Mordor,
dependendo do gosto.
Acabei
arranjando confusão. Não troquei de lugar e, por acaso, não morri.
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