João Cabral de Melo Neto - o poeta - em um de seus poemas, disse que não gostava de balé clássico.
Sempre que ele se sentava nas primeiras fileiras do teatro, em meio àqueles leves e suaves movimentos, ele podia ouvir o estrondo do pesado corpo da bailarina batendo no chão.
Leveza mentirosa.
Uma vez, quando eu era criança, chegou na escola o Coelho da Páscoa. Um coelho de 1, 82 metros feito de pano.
E eu podia ver que a manga do coelho era menor que do homem que o vestia. Debaixo do coelho, um braço de gente cabiluda.
Coelho mentiroso.
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