Já logo que eu cheguei, fiquei um pouco na rodoviária, esperando o dia amanhecer. Enquanto eu esperava no frio, um cara puxou papo comigo.
Era o Hudson. Um cara de guarulhos (perto de casa) que trabalhou nos EUA durante uns 20 anos. O cara sabia das coisas. Falou sobre política, segurança, futebol, ciência e sobre terrorismo (o que me fez acreditar realmente que ele morava nos Estados Unidos).
Logo depois, outro apareceu. O Flávio. O cara disse que já tinha sido dançarino de boate e cheirador (imagina a minha cara). Mas ele falou que Jesus o salvou e o tirou dessa vida. Disse que agora só é cheirador, graças a Deus (imagina a minha cara). E lançou também "Cara, eu não vicio. Sou difícil de viciar, nunca vi. Ontem mesmo eu fumei três maços de cigarro e não sou viciado, acredita?"
A praia do Jabaquara é uma pequena praia lá de Paraty, mas muito simpática. Lá ficam diversos quiosques funcionando. E um deles é o quiosque do francês:
Um cara alto, que conseguia ser mais branco que eu (juro) e cheio de feridas pelo corpo, talvez por causa da sua pele extremamente seca. Ele me contou que chegou lá de barco. Navegava de um lado para o outro fugindo frio do oceano e acabou atracando por lá, e alugando um quiosque.
Sensacional! Sem falar que ele botou nos auto-falantes um Jazz muito esperto e me deu água (tou devendo duas pra ele).
Mas o que mais me comoveu foi o Miguel. Um menino de uns 6 anos que tinha se perdido dos pais e estava chorando, no meio de uma praça lá do Centro Velho. Eu chamei ele pra perto e perguntei se ele estava perdido. Disse que sim e me mostro no braço dele o telefone do pai. Fiquei ligando, mas antes de atenderem, o pai apareceu.
O menino levou a maior bronca "Não sai mais de perto de mim, moleque!"
E foi isso.
Já deixou saudade, Paraty.
Um comentário:
Que legal, que puta coragem. E que puta orgulho de vc todo insano assim.
Depois quero saber sobre esse cano que enche a praia. HAHHAHAH
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