Laércio é tão retido, meio calado.
Olha o amigão de Laércio! O está envergonhando na frente das meninas, justo no happyhour. O amigão saiu sem pagar. Laércio paga mais essa.
Laércio sente um enjoo. O que será?
Olha a vizinha que deixa o sua cachorrinha fazer cocô na calçada da casa de Laércio. Ele não reclama. Olha, até recolhe.
Parece que algo pressiona a sua garganta.
O homem que conserta geladeiras está cobrando o preço de uma geladeira para trocar o tal motor. Deixa que o Laércio já está assinando o cheque gordo.
Mas que enjoo terrível, o que será? Não, não... vai vomitar, vai...
Laércio sai pela rua vomitando, palavras. Palavras sujas. Laércio, o que é isso? Deixa de pôr tanta coisa pra fora, Laércio.
Ele corre até a vizinha. Vomita em cima dela. Mas que sujeira no seu portão. A dona até se envergonha! Ai, a cachorrinha pagou por essa, também.
Não, Laércio, olha o pão! Que vergonha, um homem dessa idade! Deixa até o dono da padaria escorregar nesses palavrões jogados no chão e no balcão. “Olha aqui o troco” Blehhhh, essas palavras têm um cheiro terrível! Os fregueses correm.
Não, o amigão não! Poupe o amigão, Laércio! Ele está com as meninas! Não na frente das... OHHHHH! Já foi. O amigão está chocado. As meninas enfurecidas, até elas se sujaram. Palavras de todos os botecos até aquele dia, ali, misturados com cerveja.
Ah, não, Laércio, em mim não, espera, sou só o redator. Não! Já era! Quanta baixaria, Laércio. Respingou em você, leitor?
3 comentários:
Estupendo, eu diria... congratulações... :)
Ei, Ma, acho que vc poderia se espelhar no laércio um dia desses e falar umas coisas que vc tanto guarda.
Engolir palavras dá vontade de gorfar. Boa!
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