- Pô! O cara deixou a mochila dele alí!
- Que cara?
- Aquele que tava agarrado com aquela mulher...
- Humm... compreensível.
A mochila estava na porta do trem. O dono saiu na Paraíso. Só percebemos perto de Santana. Acabamos pegando, pra saber se tinha um telefone, alguma coisa.
Tinha uma certidão de nascimento (foi mal, mas tivemos que mexer), um uniforme e ainda umas ferramentas de trabalho. Mas infelizmente só descobrimos que o rapaz é trabalhador.
A sensação de vasculhar a intimidade de uma pessoa, mesmo com o conforto de saber que é para o bem dela, ainda sim nos deixou desconfortados. Mas felizmente não tinha nada de mais na mochila. Ou infelizmente, porque tivemos que deixar com o pessoal do metrô, mesmo.
Agora é torcer pra que ele não desista, e vá até a Sé, no achados-e-perdidos, pra tentar reaver a mochila.
Tá vendo só, fica de namoro no metrô, olha o que acontece.
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