Era domingo, aniversário de um primo. E além dos salgadinhos e bolos, e ia ter jogo do São Paulo. Paixão de família. Eu até sabia da partida, mas nem me liguei nisso.
Antes de sair de casa, botei minha camisa vermelha com o símbolo do CH e fui feliz para a festa. Quando cheguei, percebi uns olhares estranhos, uns xingamentos baixinhos, uns tapas na nuca, mas até ai nada de estranho, até que percebi que um dos primos chatos não estava falando comigo. Fiquei feliz, mas queria entender o que raios eu tinha feito, naquele dia, que ainda não tinha tentado.
Até que, depois de uns 20 minutos do segundo tempo, me dei conta de que o São Paulo estava jogando contra o Internacional, o Colorado. Maldição!
Me retirei cautelosamente da sala e fui ao banheiro, tirar a camisa e vestir apenas o casaco.
Quando estava indo embora, um tio santista me abraçou e confessou que tinha adorado o que eu fiz. Olhei no fundo de seus olhos, dei uma gargalhada e disse: “Meus movimentos são friamente calculados, tio”.
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